Tobias Barreto de Menezes... um dos
pensadores mais importantes da história Sergipana.
Por Thiarlley Valadares.
Fruto de um amor proibido entre Pedro Barreto de Menezes e
D. Emerenciana Maria de Jesus, Tobias nasceu em um quarto estreito e humilde,
já que Raimunda de Sá ao descobrir o envolvimento de sua filha com um homem
casado a enclausurou em casa. Era uma sexta-feira chuvosa, 7 de junho de 1839.
Uma data que ficaria marcada para todos os tobienses e sergipanos.
Desde cedo já
demonstrava brilhante inteligência. Sua mãe lhes ensinou as primeiras palavras
e logo em seguida fora matriculado na escola particular de Manoel Joaquim de
Oliveira Campos, mestre que depois se mostraria muito apegado ao pequeno
Tobias. Aos doze anos segue para a cidade de Estância, iniciando seus estudos
em Latim. Aos dezessete, presta concurso para assumir a cadeira de Latim em
Itabaiana e é aprovado com mérito, impressionando o coronel José Xavier Garcia
de Almeida, presidente da banca organizadora. No ano seguinte, começa a
lecionar. Nessa mesma cidade, alarga seus conhecimentos e surgem os primeiros
versos, era o início de sua vida poética.
Muitos amores e
desilusões serviram de inspiração para seus versos. Em 1862, parte para capital Pernambucana onde
presta concursos, mas não recebe aprovação. Passa a lecionar Latim, Francês,
História, Filosofia, Retórica e Matemática elementares, dedicando-se a faculdade
e ao Jornalismo. Esquece os amores sergipanos, mas é recebido com indiferença
pela sua amada. D. Grata Mafalda Felix
dos Santos, filha do coronel e senhor de engenho João Felix do Santos, foi a
única a segurar o poeta e leva-lo para o altar. Tobias formou-se em Ciências
Jurídicas e Sociais. Em 1871, transfere-se para Escada, ainda em Pernambuco,
onde viveu dez anos. Apenas em 1881 retornou a Recife, foi eleito deputado,
fundou nove jornais, sendo um deles em idioma alemão. Adoentado, é levado para
a casa do sergipanodr. Ovídio Alves Manaia. Escreve para Sílvio Romero, seu
melhor amigo que se encontrava no Rio de Janeiro. Conta-lhes que seu fim está
próximo. “Tudo tem sua lógica, até a morte” reclama ao vencer a falta de ar.
Às 22 horas e 16
minutos do dia 26 de junho de 1889, sussurra em um pedido quase inaudível:
“Sentem-me. Quero morrer como um soldado prussiano.” E com a cabeça recostada
ao braço do dr. Luís Ferreira Nascimento, exala seu último suspiro. Com apenas
50 anos de idade deixa esposa, nove filhos e um legado. Era o fim de um dos
maiores pensadores brasileiros. Como cita Elias Felipe Neto em seu livro,
Tobias Barreto, Minha Terra: “Assim, perde o Brasil um dos mais ilustres
filhos, morrendo na mais pura pobreza de um ser”.
Texto e imagem reproduzidos do site: portaltobiense.com.br
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