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Publicado originalmente no site G1 Globo, em 07/05/2017.
‘Rei do coco’ em Santos vende até 100 mil cocos por mês.
Empresário investiu R$ 120 mil para trazer coco direto de
Sergipe com qualidade melhor do que a concorrência e preço 20% menor.
O sergipano José Costa dos Santos mudou-se para Santos, no
Litoral de São Paulo e começou a vender coco na praia, para ganhar a vida. Fez tanto sucesso que virou o “Rei do Coco”
da Baixada Santista. Ele chega a vender três mil cocos em um dia movimentado na
praia até 100 mil por mês.
Mas para chegar ao sucesso não foi fácil. Jose nasceu em
Pinhão, sertão do Sergipe. A vida lá sempre foi difícil. Ao todo, eram 14
filhos na casa e a renda era somente do que se produzia na roça. “Muito
difícil, desde os 7 anos que a gente trabalhava na roça, meu pai e minha mãe
tinham 14 filhos, a renda lá é o que produzia na roça. Quando chovia a gente
comia bem, quando não chovia passava até fome.”
Fã do jogador Pelé, José diz que cresceu sonhando em morar
em Santos. Queria ficar perto do time
que consagrou o “Rei do Futebol”. Em 1982, aos 18 anos, ele pegou um ônibus e
viajou para Santos. Foram 3 dias na estrada. “Na época cheguei com 1 cruzeiro.
Não gastei no caminho, comi o frango que a mãe fez foi almoço de 3 dias.”
Plano de negócio.
Na cidade, começou trabalhando em bares. Até a alma
empreendedora se revelar. Aí, comprou um carrinho e passou a vender coco na
praia. Depois, partiu para um quiosque. E com simpatia foi cativando a
freguesia. Mas, com o aumento da concorrência na praia, ele teve que ajustar
seu plano de negócio. Começou a cobrar menos pelo produto, para se diferenciar
pelo preço.
Para vender mais barato, passou a comprar direto do produtor
em Sergipe, sem intermediários. E para fazer isso, primeiro teve que arrumar
onde armazenar o produto. Juntou dinheiro e comprou câmaras frias para guardar
e gelar o coco. O investimento foi de 120 mil. Hoje, com preço 20% mais baixo
do que os concorrentes, o quiosque vive cheio e a clientela é variada. Ele
passa 15 horas por dia no quiosque. No verão, chega a vender 100 mil cocos por
mês. Isso sem contar as cocadas que a
ex-mulher e sócia prepara.
“A grande lição que eu tirei foi uma só. Nunca desistir dos
objetivos. Sempre ter esperança que um dia acontecerá o melhor que a gente
procura.”
Texto, imagem e vídeo, reproduzidos do site: g1.globo.com
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