Mestre Acácia, do Caceteiras de Mestre Rindu
Carla Suzana, Yasmim Azevedo e Tacira Santana
vão curtir os
quatro dias do FASC
Tonho Baixinho, da Banda de Pífanos de Aracaju,
comemora
mais uma edição do FASC
Fotos: Heitor Xavier/Alysson Prado.
Publicado originalmente no site da Prefeitura de S. Cristóvão, em 16/11/2018
Cortejos de grupos folclóricos marcam o primeiro dia do FASC
Os tradicionais cortejos dos grupos folclóricos abriram as
atividades do primeiro dia do Festival de Artes de São Cristóvão (FASC), nessa
quinta-feira, 15, no Centro Histórico.
Pelas ruas e ladeiras da Cidade Mãe passaram Caceteiras de Mestre Rindu, Banda
de Pífano de Aracaju, Atividade Circense (Coletivo Inferninho) e Samba de Parea
de Laranjeira, reafirmando as manifestações culturais que se mantêm vivas e
presentes no Estado.
Emocionado por estar presente em mais uma edição do FASC, a
35 ª, o músico Tonho Baixinho, da Banda de Pífanos de Aracaju, relembrou o
início do festival e falou sobre a importância do evento para a cultura do
Estado. “Estive no primeiro FASC e estou muito feliz em viver esse novo momento
do Festival, após a retomada, no ano passado. Eventos como esses têm um papel
fundamental para fortalecer e reafirmar as manifestações populares do nosso
país”, avaliou.
Já mestre Acácia, do grupo folclórico Caceteiras de Mestre
Rindu, destacou o aspecto lúdico do
FASC. “A maior felicidade é poder compartilhar a nossa alegria e a nossa
história com todos que participam do Festival”, afirmou. Opinião compartilhada
pelas amigas Carla Suzana, Yasmim Azevedo e Tacira Santana. “Não tem evento
melhor do que o FASC. É um encontro que reúne todas as manifestações artísticas
num só local. Sem falar na beleza histórica que São Cristóvão representa. Muito
bom.”
Vanguarda
Nas ruas de pedras e espaços seculares da Cidade Mãe de
Sergipe nascia em 1º de setembro de 1972, o FASC, em plena Ditadura Militar,
como um espaço de vanguarda e liberdade. Embora tenha sido pensado como um
evento cívico, a partir da convocação do Governo Federal para que os estados e
as universidades realizassem comemorações sobre os 150 anos da Independência do
Brasil, o evento logo se tornou o maior núcleo cultural de Sergipe e um dos
maiores festivais de artes do nordeste brasileiro.
“No ano 1972 houve um movimento nacional orquestrado pelo
governo federal para homenagear e celebrar os 150 da independência do Brasil. O
governo de Sergipe e a Universidade Federal de Sergipe (UFS) foram convidados a
pensar eventos que comungassem com esse movimento nacional. A universidade
pensou em algo que celebrasse todas as linguagens culturais, como teatro, dança
literatura, cinema. O FASC foi um hiato, um evento de vanguarda no Brasil da
Ditadura Militar, embora tenha sido um evento vigiado, com algumas peças sendo censuradas.
Os artistas queriam ousar para além de qualquer autoritarismo e o evento que
surgiu como cívico, logo se tornou cultural”, destacou o historiador Thiago
Fragata.
Com inspiração no modelo dos festivais de artes de outros
locais, a exemplo do Festival de Marechal Deodoro, Alagoas, o reitor da UFS, na
época, Luiz Bispo, inaugurou o FASC tomando-o como forma de implantar a
extensão universitária. A partir daí, a UFS buscou apoio com o Ministério da
Educação e Cultura, Governo do Estado, governos municipais e com diversas
instituições do cenário cultural e empresarial, que assumiram, conjuntamente, a
realização da festa - estreitando assim a relação entre universidade e
sociedade.
Realizado ininterruptamente, o FASC aconteceu durante 23
anos: de 1972 a 1995, sob tutela da UFS. Em seguida, com algumas interrupções,
o festival aconteceu até 2005. Depois de um hiato de 12 anos, por iniciativa da
gestão do prefeito Marcos Santana, através da Fundação de Cultura e Turismo
João Bebe Água (Fundact) e da Secretaria Municipal de Governo e Relações
Comunitárias, o FASC ressurgiu em 2017 mantendo a parceria com a UFS, para
celebrar a 34º edição, que aconteceu com sucesso de público e crítica.
Edição 2018
Este ano, a programação do 35º FASC prezou pela diversidade
cultural. São mais 100 atrações nacionais e sergipanas, todas com
representatividade artística para simbolizar o Brasil.
Texto e imagens reproduzidos do site: saocristovao.se.gov.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário