terça-feira, 13 de novembro de 2018

FASC 2018 - Evento mantém a tradição popular dos cortejos e grupos folclóricos







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Fotos: Alysson Prado.

Publicado originalmente no site da Prefeitura de S. Cristóvão, em 12/11/2018

Especial FASC 2018

Evento mantém a tradição popular dos cortejos e grupos folclóricos

A tradição popular dos grupos folclórico tem espaço garantido na 35ª edição do Festival de Artes de São Cristóvão (FASC), que começará na próxima quinta-feira, 15, e prosseguirá até o dia 18 de novembro. Em dias de FASC, os contagiantes “cortejos” despontarão nas ruas e ladeiras da Cidade Mãe reafirmando as manifestações populares que se mantém vivas e presentes no histórico município sergipano.

Já na abertura do evento, dia 15, a partir das 16h30, o FASC trará as Caceteiras de Mestre Rindu e o Samba de Parea de Laranjeira. Na sexta-feira, 16, a partir das 15h, será a vez do Samba de Coco da Mussuca, Parafuso (de Lagarto), Afro Reggae Oxalufã e Chegança de Santa Cruz de Itabaiana. Os “cortejos” prosseguem no dia 17, sábado, também a partir das 15h, com Reisado de São Cristóvão, Carimbó, Banda de Fafarra do Araceles e Afoxé Mó Oxum. No domingo, 18 (mesmo horário), será a vez do Samba de Coco da Paz, Taieiras de São Cristóvão e Afoxé di Preto.

Frequentador do FASC e mestre de grupos folclóricos do município, Jorge do Estandarte falou sobre a importância do FASC para a cultura popular. “Na primeira edição do FASC eu estava no Rio de Janeiro e quando soube das notícias fiquei muito empolgado. Quando eu cheguei a São Cristóvão, para a segunda edição da festa, fui me envolvendo cada vez mais e nunca me afastei. O Festival de Artes era uma festa que movimentava o Brasil, foi um grande barulho na cultura do país. Eu me entreguei ao festival de artes e fico muito feliz que com a gestão do prefeito Marcos Santana o evento tenha florescido. O FASC é um doce na boca do sancristovense”, definiu.

Um pouco de História

Nas ruas de pedras e espaços seculares da Cidade Mãe de Sergipe nascia em 1º de setembro de 1972, o FASC, em plena Ditadura Militar, como um espaço de vanguarda e liberdade. Embora tenha sido pensado como um evento cívico, a partir da convocação do Governo Federal para que os estados e as universidades realizassem comemorações sobre os 150 anos da Independência do Brasil, o evento logo se tornou o maior núcleo cultural de Sergipe e um dos maiores festivais de artes do nordeste brasileiro.

“No ano 1972 houve um movimento nacional orquestrado pelo governo federal para homenagear e celebrar os 150 da independência do Brasil. O governo de Sergipe e a Universidade Federal de Sergipe (UFS) foram convidados a pensar eventos que comungassem com esse movimento nacional. A universidade pensou em algo que celebrasse todas as linguagens culturais, como teatro, dança literatura, cinema. O FASC foi um hiato, um evento de vanguarda no Brasil da Ditadura Militar, embora tenha sido um evento vigiado, com algumas peças sendo censuradas. Os artistas queriam ousar para além de qualquer autoritarismo e o evento que surgiu como cívico, logo se tornou cultural”, destacou o historiador Thiago Fragata.

Com inspiração no modelo dos festivais de artes de outros locais, a exemplo do Festival de Marechal Deodoro, Alagoas, o reitor da UFS, na época, Luiz Bispo, inaugurou o FASC tomando-o como forma de implantar a extensão universitária. A partir daí, a UFS buscou apoio com o Ministério da Educação e Cultura, Governo do Estado, governos municipais e com diversas instituições do cenário cultural e empresarial, que assumiram, conjuntamente, a realização da festa - estreitando assim a relação entre universidade e sociedade.

Realizado ininterruptamente, o FASC aconteceu durante 23 anos: de 1972 a 1995, sob tutela da UFS. Em seguida, com algumas interrupções, o festival aconteceu até 2005. Depois de um hiato de 12 anos, por iniciativa da gestão do prefeito Marcos Santana, através da Fundação de Cultura e Turismo João Bebe Água (Fundact) e da Secretaria Municipal de Governo e Relações Comunitárias, o FASC ressurgiu em 2017 mantendo a parceria com a UFS, para celebrar a 34º edição, que aconteceu com sucesso de público e crítica.

Texto e imagem reproduzidos do site: saocristovao.se.gov.br

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