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Fotos: Alysson Prado.
Especial FASC 2018
Evento mantém a tradição popular dos
cortejos e grupos folclóricos
A tradição popular dos grupos folclórico tem espaço
garantido na 35ª edição do Festival de Artes de São Cristóvão (FASC), que
começará na próxima quinta-feira, 15, e prosseguirá até o dia 18 de novembro.
Em dias de FASC, os contagiantes “cortejos” despontarão nas ruas e ladeiras da
Cidade Mãe reafirmando as manifestações populares que se mantém vivas e
presentes no histórico município sergipano.
Já na abertura do evento, dia 15, a partir das 16h30, o FASC
trará as Caceteiras de Mestre Rindu e o Samba de Parea de Laranjeira. Na
sexta-feira, 16, a partir das 15h, será a vez do Samba de Coco da Mussuca,
Parafuso (de Lagarto), Afro Reggae Oxalufã e Chegança de Santa Cruz de
Itabaiana. Os “cortejos” prosseguem no dia 17, sábado, também a partir das 15h,
com Reisado de São Cristóvão, Carimbó, Banda de Fafarra do Araceles e Afoxé Mó
Oxum. No domingo, 18 (mesmo horário), será a vez do Samba de Coco da Paz,
Taieiras de São Cristóvão e Afoxé di Preto.
Frequentador do FASC e mestre de grupos folclóricos do
município, Jorge do Estandarte falou sobre a importância do FASC para a cultura
popular. “Na primeira edição do FASC eu estava no Rio de Janeiro e quando soube
das notícias fiquei muito empolgado. Quando eu cheguei a São Cristóvão, para a
segunda edição da festa, fui me envolvendo cada vez mais e nunca me afastei. O
Festival de Artes era uma festa que movimentava o Brasil, foi um grande barulho
na cultura do país. Eu me entreguei ao festival de artes e fico muito feliz que
com a gestão do prefeito Marcos Santana o evento tenha florescido. O FASC é um
doce na boca do sancristovense”, definiu.
Um pouco de História
Nas ruas de pedras e espaços seculares da Cidade Mãe de
Sergipe nascia em 1º de setembro de 1972, o FASC, em plena Ditadura Militar,
como um espaço de vanguarda e liberdade. Embora tenha sido pensado como um
evento cívico, a partir da convocação do Governo Federal para que os estados e
as universidades realizassem comemorações sobre os 150 anos da Independência do
Brasil, o evento logo se tornou o maior núcleo cultural de Sergipe e um dos
maiores festivais de artes do nordeste brasileiro.
“No ano 1972 houve um movimento nacional orquestrado pelo
governo federal para homenagear e celebrar os 150 da independência do Brasil. O
governo de Sergipe e a Universidade Federal de Sergipe (UFS) foram convidados a
pensar eventos que comungassem com esse movimento nacional. A universidade
pensou em algo que celebrasse todas as linguagens culturais, como teatro, dança
literatura, cinema. O FASC foi um hiato, um evento de vanguarda no Brasil da
Ditadura Militar, embora tenha sido um evento vigiado, com algumas peças sendo
censuradas. Os artistas queriam ousar para além de qualquer autoritarismo e o
evento que surgiu como cívico, logo se tornou cultural”, destacou o historiador
Thiago Fragata.
Com inspiração no modelo dos festivais de artes de outros
locais, a exemplo do Festival de Marechal Deodoro, Alagoas, o reitor da UFS, na
época, Luiz Bispo, inaugurou o FASC tomando-o como forma de implantar a
extensão universitária. A partir daí, a UFS buscou apoio com o Ministério da
Educação e Cultura, Governo do Estado, governos municipais e com diversas
instituições do cenário cultural e empresarial, que assumiram, conjuntamente, a
realização da festa - estreitando assim a relação entre universidade e
sociedade.
Realizado ininterruptamente, o FASC aconteceu durante 23
anos: de 1972 a 1995, sob tutela da UFS. Em seguida, com algumas interrupções,
o festival aconteceu até 2005. Depois de um hiato de 12 anos, por iniciativa da
gestão do prefeito Marcos Santana, através da Fundação de Cultura e Turismo
João Bebe Água (Fundact) e da Secretaria Municipal de Governo e Relações
Comunitárias, o FASC ressurgiu em 2017 mantendo a parceria com a UFS, para
celebrar a 34º edição, que aconteceu com sucesso de público e crítica.
Texto e imagem reproduzidos do site: saocristovao.se.gov.br
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