A 20ª edição destaca matérias e reportagens que abordam
práticas religiosas de matriz africana, cuja influência e
formatação da feição cultural da gente sergipana é notória
Foto: Segrase
Publicado originalmente no site do Portal Infonet, em 7 de novembro de 2018
Edise lança a 20ª edição da Revista Cumbuca
Mais uma edição da revista Cumbuca já está disponível. A 20ª
edição destaca matérias e reportagens que abordam práticas religiosas de matriz
africana, cuja influência e formatação da feição cultural da gente sergipana é
notória. O material é produzido pela Editora Oficial do Estado de Sergipe –
Edise, órgão suplementar da Empresa de Serviços Gráficos de Sergipe – Segrase,
tendo como editor o jornalista Amaral Cavalcante e conta com a produção da
jornalista Cândida Oliveira.
Tem-se, na capa da revista, a produção da design Gabi
Etinger, com as ilustrações feitas por Yuri Cirulo. A publicação inicia com uma
breve história do Candomblé em Sergipe, tecendo explicações consideráveis sobre
a acentuação nagô adotada por Mãe Bilina, no Terreiro Santa Bárbara Virgem, em
Laranjeiras – SE, na primeira metade da década de 1970 do século XX, contada
pela pesquisadora e professora Beatriz Góes Dantas.
Há também uma narrativa registrada pelos jornalistas Ícaro
Novaes e Alisson Castro, ‘Filhos de Obá: Mais de Um Século de Resistência’, na
qual conta a história desde a abolição da escravatura aos dias atuais, tendo
ilustrações de artigos e objetos dos tempos de escravidão expostos no Museu
Afro em Laranjeiras. Ainda no texto há um depoimento de Breno Monaim Santos,
filho de santo e seguidor da religião Filhos de Obá, que conta sobre as dificuldades
enfrentadas por essa comunidade afro-brasileira ao longo do seu século de
existência, e sobre o preconceito sofrido na própria pele, pela família e pelos
demais.
‘A política da valorização do negro é cada vez pior em
Sergipe’ afirma o ator, produtor cultural e pesquisador Severo D’Acelino, um
lutador ferrenho contra todo e qualquer tipo de preconceito à raça negra, em
uma entrevista a jornalista Aldaci de Souza. Valorizando a cultura sergipana, o
jornalista Gilson Souza apresenta três grandes músicos do estado, sendo eles
Mestrinho, Saulo Ferreira e João Ventura. Raimundo Venâncio traz para a Cumbuca
o teatro sergipano, com o musical dramático Billie Holiday, a Canção. A poesia
de João Sapateiro também está presente.
Além de, tendo por fim pautar o rap como arte suburbana
capaz de dialogar com a periferia, por Matheus Brito, a Cumbuca traz consigo
diversos talentos regionais, buscando sempre valorizar a cultura sergipana uma
retomada aos acontecimentos da Ditadura Militar e seus devidos ícones, escrito
por João Augusto Gama. E ainda, uma matéria que conta um pouco a história das
terras Aracaju, escrita pelo professor Dr. Jorge Carvalho do Nascimento.
Ricardo Roriz, presidente da Empresa de Serviços Gráficos de
Sergipe – Segrase, afirma ter se interessado especialmente por esta edição. “É
sensacional realizar esse tipo de abordagem, valorizando e ressaltando a
cultura e religião, que é muito forte e está enraizado na sociedade. A revista
Cumbuca sempre propõe muito conhecimento”.
Fonte: ascom Segrase
Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br
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