Por Alisson Meneses de Sá.
CANDELÁRIA, este é seu nome. Era a prostituta mais
requisitada de Sergipe da década de 60, que com sua beleza irradiante e sua
petulância ácida transformou a pequenina capital no seu império de conforto,
riqueza e luxúria, contrastando com sua infância amarga, pobre e sofrida. Seu
verdadeiro nome é Maria Niziana Castelino, mas popularmente conhecida como
Candelária.
Brilhou em várias boates no centro da capital antes da
revolução militar vir à tona. A sua beleza era comentada em várias regiões do
estado, lotando assim todas as boates na qual trabalhou. Instaurada a ditadura,
Candelária que não respeitava as mulheres da sociedade, se envolvia com os
militares para poder frequentar as lojas de grande porte e passear no centro da
cidade pelo dia, pois, comumente as mulheres que trabalhavam nas boates saiam
para comprar seus materiais mais necessários no horário da tarde, perto do
horário das lojas encerrarem seus trabalhos.
Foi com um militar da marinha que
Candelária conseguiu chocar mais ainda a sociedade da década de 60, saindo das
zonas de prostituição e indo morar no bairro mais elitizado do período, o São
José, lá era corriqueiro encontrá-la despida ou com trajes menores na varanda de
sua casa, achando aquilo tudo muito normal, peitando toda a alta sociedade que
na região residiam, gerando vários tumultos de ordem social.
Hoje Candelária é presidente da Associação Sergipana das
Prostitutas (ASP) órgão que presta atendimento a profissionais do sexo em
Aracaju. Recentemente ela foi tema do documentário: "Candelária - aquela
que conduz a luz", dirigido por Jade Moraes.
Texto reproduzido do site: cafehistoria.ning.com/group/porneia
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