Foto: Ascom/Setur.
Foto: Divulgação.
Publicado originalmente no site do Jornal da Cidade, em 13/10/2014.
Laranjeiras regada à tradição e cultura.
Festa do Lambe-Sujos e Caboclinhos...
O município de Laranjeiras exala um forte e maravilhoso
cheiro de cultura, fruto de um movimento histórico de expressão popular. No mês
de outubro, mais precisamente no dia 12, o cheiro do mel de cabau toma conta de
toda a cidade, e todos já sabem que é chegado o dia dos Lambe-sujos e dos
Caboclinhos, dois grupos folclóricos unidos num folguedo que se baseia no
episódio da destruição dos quilombos.
O grupo dos Lambe-Sujos é formado por meninos e homens
totalmente pintados de preto, usando uma mistura de tinta preta e melaço de
cana-de-açúcar para ficar com a pele brilhosa. Eles usam short e um gorro de
flanela vermelha. Nas mãos, uma foice, símbolo de luta pela liberdade. Fazem
parte do grupo o “Rei”, a “Rainha” e a “Mãe Suzana”, representando uma escrava
negra.
Após uma alvorada festiva, os Lambe-Sujos saem às ruas,
acompanhados por pandeiros, cuícas, reco-recos e tamborins, roubando diversos
objetos de pessoas da comunidade que são guardados no “mocambo”, armado em
praça pública. A devolução dos objetos é feita mediante contribuição em
dinheiro pelo proprietário do objeto roubado.
Junto com os Lambe-Sujos se apresentam os Caboclinhos, que
pintam o corpo de roxo-terra e usam indumentária indígena: enfeites de penas,
cocar e flecha nas mãos.
A brincadeira consiste na captura a rainha dos Caboclinhos
pelos Lambe-Sujos, que fica aprisionada. À tarde, há a tradicional “batalha”
pela libertação da rainha, da qual os Caboclinhos saem vitoriosos.
O grupo musical que acompanha o folguedo é composto por
ganzás, pandeiros, cuícas, tambores e reco-recos.
Hoje, a "Festa de Lambe-Sujo", como é conhecida,
tornou-se uma das mais importantes da cidade de Laranjeiras, acontecendo sempre
no segundo domingo de outubro, quando a beleza das indumentárias e a folia dos
maracatus são atrativos unânimes, além
da divertida brincadeira de melar as pessoas com o cabau e das incansáveis
corridas dos chicotes dos taqueiros...
Trechos de reportagem e fotos, reproduzidos do site: jornaldacidade.net
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