Pesquisadores Luziany Queiroz, Wildio Ikaro e Luis Anderson.
As borboletas ajudam a identificar o grau de preservação do
meio ambiente.
A Serra de Itabaiana, localizada na Região Agreste do
estado,
é conhecida pela vasta diversidade ambiental.
As borboletas catalogadas são incluídas na coleção
entomológica da UFS.
Espécies de armadilhas são montadas no local,
juntamente com
iscas, para capturar os indivíduos.
Fotos: Arquivo pessoal de Luis Anderson.
Publicado originalmente no site Comunicação Vip, em 20 de março de 20170.
Borboletas de Sergipe são catalogadas.
Pesquisadores visam a preservação das espécies.
Três pesquisadores estão realizando um estudo pioneiro com o
objetivo de conhecer, pela primeira vez, a diversidade de borboletas no nosso
estado. O projeto, que teve início em 2014, busca fazer o levantamento e a
catalogação das espécies encontradas no Parque Nacional da Serra de Itabaiana,
localizado na Região Agreste.
Com o apoio da FAPITEC/SE/CNPq, a pesquisa é coordenada pelo
Doutor em Ciências Biológicas e professor da Universidade Federal de Sergipe
(UFS), Luis Anderson Ribeiro Leite, com participação dos pesquisadores Wildio Ikaro da Graça Santos e Luziany
Queiroz-Santo, da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
De acordo com o professor, conhecer a fauna e flora de
qualquer localidade é extremamente importante para a manutenção da
biodiversidade e preservação ambiental. Se as borboletas estão presentes, é
sinal que o meio ambiente está saudável. Através delas é possível identificar a
diversidade de recursos alimentares, qualidade do ar e da água.
“Sem conhecer as borboletas existentes, ficamos sem entender
a diversidade ao redor e sua importância nas relações ecológicas e indicação de
qualidade ambiental. Estes são motivos para a iniciação de planos de
preservação de vários ambientes”, explica Anderson Leite.
A riqueza ambiental e o histórico de outras pesquisas sendo
realizadas no Parna de Itabaiana motivaram a definição do local, como explica o
pesquisador.
“Inicialmente, qualquer local seria um tesouro, pois nada
era conhecido em Sergipe. Adicionalmente, a área em si possui, além de sua
grandeza territorial, áreas diferenciadas de vegetação, que trazem mais riqueza
aos resultados do trabalho. A possibilidade de permanecer na área por 2 ou 3
dias com acomodação na sede do local também ajudou”, disse.
Mais de 200 espécies de diferentes cores e tamanhos já foram
catalogadas e quase 2.000 exemplares coletados. Até então, Sergipe não possuía
nenhum dado sobre o assunto.
A catalogação
Os exemplares são coletados em campo e trazidos,
posteriormente, para o Laboratório de Entomologia da UFS, onde são trabalhados
de acordo com metodologia apropriada e conservados na coleção entomológica do
departamento de biologia da universidade.
“Todos os espécimes são identificados e organizados de
acordo com categorias taxonômicas como ordem, família, subfamília, gênero e
espécie, e colocados em gavetas na coleção, onde permanecem guardados sob
condições de temperatura e luminosidade adequadas para sua preservação”,
pontuou Anderson.
Segundo o pesquisador, a criação e manutenção de uma coleção
de insetos é fundamental para os estudos de biodiversidade, classificação e
para outras pesquisas acadêmicas que venham a ser realizadas futuramente.
Resultados
Após a conclusão da pesquisa em abril deste ano, os
resultados serão divulgados em revistas científicas. Além disso, os
pesquisadores pretendem preparar o primeiro guia sergipano sobre o assunto, que
será fundamental para a construção de planos de preservação ambiental do local.
Segundo o pesquisador, foram encontrados indícios de novas
espécies, o que é muito importante para a região. “Posso adiantar que a
diversidade encontrada foi superior às expectativas. Devemos proteger aquela
localidade e a vida ali existente”, ressaltou.
Por Layanna Machado, da equipe VIP.
Texto e imagens reproduzidos do site: comunicacaovip.com.br/borboletas
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